O cerimonia de casamento da minha mãe foi na
Igreja Matriz de Santa Luzia, o
celebrante Monsenhor Humberto e os padrinhos de minha mãe foi Dr Gabriel
Negreiros e Dona Zélia. Antes da
cerimonia, ocorreu outra pequena cerimonia de entrega da fita de filha de
Maria, a data deste acontecimento foi 23 de outubro de 1963.
No
dia do casamento da minha mãe, dormiu em
nossa casa a avó de Edson que já ocupava a casa, e uma moça. Durante o tempo de
casamento, mudamos bastante, alguns
lugares foi de mito sofrimento para minha
mãe.
Recordo-me que no nascimento da minha primeira
filha, entrei em licença gestante em 21
de julho de 1964.o parto foi em casa no dia 22 de julho de 1964. Deram-me uma
injeção, quando acordei, a menina já não mais existia, eles disseram que haviam
enterrado ela, pois nasceu adoentada, mais eu me recordo que antes de dormir eu
cheguei a vê-la e ela era muito nutrida, queria ver o local onde haviam
enterrado, mas não me mostraram porque não esperaram para vê-la, até hoje busco informação para saber o
que aconteceu com ela. Minha segunda gestação foram gêmeos morreram também eles nasceram em
28 de janeiro de 1965, depois em 5 de dezembro de 1965 nasceu Marta, ela morreu
logo. Quando nasceu Maria Luzia, tive medo que
acontecesse com ela o que
aconteceu com os outros, mas ela conseguiu sobreviver. Em maio de 1970 fomos morar
na Primavera, lá mãe estava gravida era a quinta gestação e foi
boa parte de sangramento. Ela veio para
o hospital e disseram que o menino estava morto. Finalmente em 1971, chegou
José Edson, um menino nutrido, que nasceu de pé, eu estava bastante debilitado,
pensei que ia morrer, mas estamos aqui.
Dos lugares que minha morou que mais sofreu
foi na Primavera.
Três meses que passei
lá Edson não dormiu em casa nem uma noite, ele dizia que chegava tarde da
Faculdade não queria incomodar, mas como eu precisava de companhia, pois estava
gravida e doente, com Maria Luzia pequena, Duzanjos vinha dormir comigo, mas um
dia chegou à noite e ela não veio, minha mãe conta que ficamos eu(com 2 anos )
e ela a beira do caminho em uma escuridão imensa, só com a luz do lampião
esperando que alguém passasse para ir chamar à parteira, pois estava vendo
muita regra, alguém passou e mãe pediu para chamar Dona Raimunda Catolé, ela
veio imediatamente com a neta dela. Deus a recompense.
Antes
de ter os filhos foram um dia, minha mãe e Edson(meu pai), no Sertão. Foram
primeiro na casa de tio Nicolau, era tempo de colher a cana e transforma-la em
melado e rapadura, Edson assim que chegou foi ajudar, no engenho era aquele
cheiro de melado.
Uma
lembrança que minha mãe comenta é que certa vez passou quase nove meses sem
receber o dinheiro e nunca ela soube o que aconteceu, o dinheiro só foi
regularizado e reposto quando minha mãe foi falar com Dr Tarciso na Fazenda São
João,(ela foi com meu pai). Imediatamente dr Tarciso resolveu o problema, e
logo veio o dinheiro e a reposição. Dr Tarciso sempre foi este anjo de bondade
e nunca faltou.
Mãe
comenta que no dia 20 de setembro de 1967
Dona Nene veio trabalhar aqui em nossa casa. No nosso quintal havia um enxame em um motor velho que estava
suspenso em uma cajaraneira, a corda quebrou e as abelhas se espalharam o
cachorro que estava em baixo estava quase morto com as abelhas que caíram em
cima dele, mãe que estava gravida foi
socorre-lo, dona nenê cobriu mãe com uma toalha quadriculada de vermelho as
abelhas caíram em cima de mãe e ela ficou bastante doente.
Esta fazenda na Primavera foi comprada com um
dinheiro que fazia nove meses que não recebia quando saiu o dinheiro, graças a
Deus e a dr Tarciso, compramos esta fazenda, que mais tarde quando vendemos,
compramos uma casa para dona Custodia a mãe de Edson, e uma casa vizinha a que
eu já tinha. Edson também comprou uma casa para o irmão dele, a casa de dona
Custodia e a de Eilson foi na Boa vista,
ambas as casa muito boa.
Minha mãe disse
que se lembra quando retornamos da Primavera a nossa casa estava ocupada, fomos
para uma casa velha horrível, depois nos mudamos para outra casa e coloquei os
moveis na casinha de dona Rosa atrás da nossa, já haviamos pedido a casa para
voltarmos mas eles não queriam sair então como nos estávamos no apertado espaço
de dois cômodos da casa de dona Rosa, foi colocando os moveis na minha casa, os
moradores disseram que iam ficar e eu disse que nós vamos ficar pois eu estou
sem casa e preciso de minha casa, já solicitei a algum tempo que vocês
procurassem outra casa, como não
aconteceu ,a casa tem dois quartos dá para morarmos juntos, então eles
decidiram sair.
Eu
,Maria Luzia comecei a estudar no
Educandário Presidente Kennedy, ai onde hoje é aquela oficina, na Rua Manuel Negreiros. Quando fomos morar na
casa da Manuel Paulino, ela ainda continuou estudando no Kennedy.
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