No Hospital, ela lembra quando ficava na portaria e padre
Paulo Hos, vinha e queria conversar e que ela ajudasse a ele a aprender a falar
português, ele morava no seminário. Padre Paulo chegou em 1948 e em 1957 ainda
estava no Seminário). Recordo-me também quando ia para Fortaleza com a irmã
Genoveva na casa dos irmãos dela, ficávamos na casa de Dr. Didimo, à noite
íamos dormir no pequeno Grande, um convento próximo a verdes mares, na loja da
família dela( Quatro e Quatrocentos). adquiríamos muitas roupas e calçados que
levávamos para os pobres, quem diria que eu ia levar algo para os pobres, pois
eu já não me considerava mais pobre .
Certa vez fui visitar uns parentes meu, a irmã foi logo me buscar, eles não eram
ricos.
Lembro-me de duas grandes alegrias que tive
primeiro meu aniversario de quinze anos que as irmãs prepararam, os meninos do
seminário vieram cantar, e segundo quando a irmã Genoveva disse-me que já tinha
o dinheiro suficiente para comprar uma casa para mim, o meu dinheiro elas
guardavam, e assim comprei minha casinha de taipo no auto da Conceição, mais
especificamente na Lagoa do Mato, esta foi a minha primeira casa. Entreguei a
Agripino, meu primo, e a mulher dele para eles morarem e cuidar, depois eu
consegui uma casa no avenida Abel Coelho, e finalmente aqui na Felipe Camarão,
desta vez uma casa própria e minha. Como era solteira entreguei a Agripino e a
mulher dele para cuidar.
Passei boa parte da minha vida no Hospital de
Caridade, cujo diretor era Dr Duarte, havia Dr Almir, Dr Epitácio, Dr Maltes,
todos eles profissionais excelentes.
As
freiras davam a vida por aquele hospital e pacientes. Graças a Deus e a irmã
Genoveva tive a graça de estudar no colégio das freiras, Colégio Sagrado
Coração de Maria, onde eu tinha aula de francês, e de muitas outras disciplinas
que me prepararam muito bem. Lembro-me da irmã Aurea professora de Pintura,
irmã Assunta professora de matemática, irmã Helena lecionando Português e a
nossa professora de canto orfeônico irmã Maria dos Arcanjos. Para acompanhar
bem os estudos, já que trabalhava, tinha aula particular, assim nunca repetir
um ano.
O
quadro de funcionários deste Hospital nesta época era: Dr Francisco Duarte Filho (Diretor), Dr Almir de
Almeida Castro, Dr Epitácio, Dr Maltez Fernandes; dona Dolores, Francisca
Martins, eu, Luzia Maia, Meu Mano, José Soares ou José da Superiora, pois cada
freira era encarregado de alguém. as irmãs- Genoveva, Catarina e as madre
Superioras- primeiro Irmã Camará e
depois Irmã Alvarenga. No tempo que
a irmã Camará era a madre superiora, o
tempo dela era quase todo de oração. A irmã Alvarenga era uma pessoa de muita
ação, ela fazia muita coisa para ver o hospital progredir e não faltar
assistência para os doentes.
Escuto
com frequência a minha mãe falar da capelinha do Hospital, que apesar de
pequena era uma beleza em sua simplicidade.
Minha
mãe relata que um dia angustiante foi o dia quando (Etinha) ou Edson Saboia,
chegou no Hospital vitima do acidente aéreo . Dr Almir estava sem consolo e
queria que as enfermeiras recobrasse a saúde e vida de Etinha, mas já era
tarde. Em 03 de julho de 1954
Segundo
minha mãe, certa vez Dona Tereza Tavares Maia, mulher de Dr TARCÍSIO DE
VASCONCEÇOS MAIA(Catolé do Rocha-PB, 26/08/1916 – Rio de Janeiro, 10/04/1998)
veio pedir a Irmã para que eu fosse dormir lá. Foi a primeira vez que minha mãe
comeu vatapá, na casa de dona Tereza. A casa era enorme, minha mãe dormiu
próximo ao quarto deles, pois tinha medo de dormir só lá no andar inferior. Tanto Dr Tarcisio como
dona Tereza eram muito bons, para minha mãe.
A
irmã Genoveva, com o autorizava a saída de minha mãe para
visitar os parentes dela, mas com hora de sair e de chegar, nem um minuto a
mais.
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