Assim
minha mãe comenta: “Nunca vi um lugar mais cheio de fartura, chovia bastante.
Fomos morar na casa de seu Valério Pedro, enquanto ele foi para safra de palha
na vazia, no inverno ele voltava, pois a vazia alagava. A dona da Fazenda Mato
Verde era uma senhora muito bondosa (dona Tionila), os filhos de dona Tionila
eram: Agostinha, Simplício e Zé do Mato Verde. Na fazenda mato verde tinha
muito abacaxi, criação de ovelhas, bois e uma plantação de arroz. A casa
Grande do mato verde era cercado de
flanboat, havia uma bica que corria água continuamente regava tudo e fornecia
água para os animais. Neste lugar passamos três meses”.
Segundo minha mãe afirma: “Certo dia meu pai e
eu fomos cortar lenha na Serra (pois o Mato Verde era na Aba da Serra do Apodi)
(havia muita catingueira caída),quando estávamos lá, no meio da mata ouvimos o
choro de uma criança, meu pai me disse que era o choro de um pagão, meu pai
disse: ”eu de batizo em nome do pai, do filho e do espírito santo”, disse três
vezes e o choro do nenê foi desaparecendo e parou, ele ficou de joelhos e fez
esta oração .Eu tive muito medo”. “Todo dia Dona Teonila mandava arroz, feijão
e carne para nós”.
Ela
diz que se lembra
da mercearia de seu Tiago, tinha umas bolachas muito boas com gosto de erva
doce e que havia um homem que fazia cal, onde ele morava o chão era bem
alvinho, o cal era tirado das pedras da
Serra. Minha mãe disse que quando saíram
de lá, foram morar na Mariana e que vinha umas meninas para brincar com ela,
Margarida e Etelvina. Segundo ela: “ Mamãe lavava a nossa roupa no corredor do Brejo, lugar a beira do
rio, muitas lavadeiras lavavam roupa ali, levavam as crianças que passavam o
dia brincando e desfrutando da abundancia de árvores frutíferas e da beleza das
flores que nasciam naturalmente as margens férteis daquele rio”.
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