Quando mãe retorneou a Mossoró, pois havia terminado
o curso, veio com a esposa de Dr Tarciso e o motorista é claro. Quando saiu do
Hospital de Caridade, fui trabalhar no Pavilhão Rafael Fernandes, sanatório que
tratava de tuberculosos.
Ao chegar lá no Rafael Fernandes, logo percebeu
que meu Mano também veio trabalhar no Pavilhão, era bem melhor começar a
trabalhar com alguém conhecido. Neste hospital a enfermeira chefe era dona
Lindalva. O diretor era Dr Antônio Luz, trabalhava no setor administrativo
também seu Sezário(a tranquilidade em pessoa). Minha mãe quando chegou levou
Maria Eudócia como paciente, e instalou-a no leito sete.
Minha
mãe foi também morar no Ceara, trabalhando em um
orfanato, era noviça próximo a ser freira. Ela soube que tia Cecilia e tio
Pedro Nunes, estavam passando necessidade. Resolveu deixar o habito e voltar
para cuidar deles, apesar deles terem uma família muito grande, mais pobre .
Quando chegou comprovou o que me disseram, estavam bastante magros, não tinha
mais luz na casa, a luz ela tinha mandado botar, mais como eles não pagaram.
foi cortada, o carroceiro que servia a
água deixou de botar água para eles por falta de pagamento, em fim
inúmeras carências. A primeira
providencia foi ver se ainda restava algum dinheiro na Casa Bancaria S Gurgel, pediu a
Nadir Brasil para ir com ela saber se ainda tinha algum dinheiro e ao chegar lá, qual não foi à surpresa, havia
dinheiro suficiente para quitar todas às dividas, mandar religar a luz e
comprar mantimentos e foi o que fez. Tudo voltou ao normal. Foi rever o emprego
no Pavilhão Rafael Fernandes e recomeçar a trabalhar, Deus tarda mais não
falha.
Muita coisa tinha mudado em nossa rua. Minha
mãe comenta que trabalhou muito no Rafael Fernandes, houve uma época que uma
contribuinte incansável de minha luta foi dona Luzia Pereira, não sei o ano,
mas sei a década de 60, foi testemunha de muito trabalho meu.
Ela trabalhava no Rafael e no meu dia não de
plantão, trabalhava como enfermeira da avó de Porcino Costa, dona Janoca (mamãenhoca), na casa de Francisco
Petronilo e Dona Anália (padrinho Fransquinho e madrinha Anália). Trabalhei
também por algum tempo como enfermeira
de dona Sinha e também Dona Sinhazinha. Com esse povo adquiriu muito mais
conhecimento. Neste tempo, mais ou menos
foi o aniversário de de Lúcia Monte.
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