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quinta-feira, 24 de abril de 2014

18-A IGREJA DO ALTO DA CONCEIÇÃO


Minha mãe relata que ajudava na Igreja do Auto da Conceição, onde era da Pia União das filhas de Maria, no tempo de Frei Henrique  distribuía o pão de Santo Antônio , sempre  nas terças que não estivesse trabalhando. Frei Henrique, nos apelidava com nomes singelos, eu era nossa devota, tinha a imaculada, e outros apelidos semelhantes. Ajudei também carregando areia do rio, como, muitas pessoas para a conclusão de alguns serviços da Igreja, sempre que podia, frei Henrique era o primeiro a levar uma lata de areia no ombro. “De 1959 a 1961 Frei Henrique Brocker, que em trabalho de mutirão (crianças, jovens, adultos e idosos),carregando nos ombros ou na cabeça areia, pedra, tijolo, cal, água e etc, realizou uma reforma da Igreja Matriz que compreendeu: serviço de reboco em todas as paredes da Igreja, concluiu a construção dos três altares ( Altar-Mor e os dois altares laterais) e colocou quatro vitrais com pinturas.(...) Na gestão de Frei Henrique não eram realizados os festejos populares.(...) A fonte de renda para os trabalhos da Igreja Matriz. era, além de  outras, uma constante peregrinação com a Imagem de Nossa Senhora da Conceição, em residências...”(Oliveira,pag 32 e 33, 2011)            Às doze horas, minha mãe fala que  estava presente no oficio de nossa Senhora. (Inês) ou Neusa  prima de minha mãe, ajudava auxiliando minha mãe   na distribuição do pão de Santo Antônio, era muita necessidade naquele tempo. Minha mãe agradece    a dona do café vitória por ter me atendido e  colaborado com o café em pó para ajudar no pão de Santo Antônio e  para os mantimentos dos pobres, este agradecimento  se estende ao dono  da Padaria Progresso, da família Belo por ter confiado em minha mãe(a sobrinha de seu Raimundo, como ele chamava)  quando  certo dia  quando  mãe não  pode ausentar-se  e faltou pão ela mandou Neusa dizer a sue Zeca que madnasse uma certa quantidade de pão para não faltar os pães dos pobres, imediatamente quando terminou a distribuição mãe foi pagar. Não podemos deixar de agradecer  ao comercio de Mossoró pelas esmolas que eles davam ao frei  Henrrique e  a nós para ajudar aquela inúmera população carente daqueles arredores.
 Frei Canísio que era médico fazia e passava remédio para aquela multidão de carentes, e assim íamos fazendo a nossa parte.
 Eu de minha parte sempre que podia verificava a pressão de um, se  o médico passava o remédio eu aplicava sem cobrar nada,  não auxiliava  frei Anísio ele já tinha que o auxiliava, estes procedimentos de enfermagem fazia geralmente na doze anos(meu bairro), no Alto da Conceição era  mais auxiliando frei Henrique.
Em  maio de 1958, fez um curso de datilografia, uma das  colega de classe era Eliane filha de dr Dinef. Resolveu criar um porco para pagar o  certificado, pois o curso Toinha Rego pagava. Neste ano de 58, foi quando dona Cinhazinha faleceu.

 Ela morava agora na casa de Vovó Cecilia, passava parte do  tempo dela no Pavilhão, na casa de madrinha Anália, no Remanso (Fazendinha de Alcides Belo, no Alto da Conceiçao), a casa de tio Mundinho, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, e por um tempo fui lavar a roupa do bebê( Leonardo ), que hoje é o deputado Leonardo, marido da  prefeita Fafa Rosado. Era também da era da associação Luísa de Marilac, visitava e tomava de conta de uma idosa no Abrigo Amantino Câmara, mundinha tomava de conta de um idoso. Eu ia com Mundinha que era “Filha de Maria”, comigo. Meu ritmo de vida era esse, e morava em muitos lugares. 

Um dia quando estava na casa de vovó Cecilia, ela  foi  para a Novena de Santa Luzia, fui eu, Ducilda (minha prima),Inácia(a vizinha filha de madrinha Dinha) e Lourdinha ou Marilia(seu Luiz Ferreira).Antes de começar a novena fomos tomar um sorvete, na Sorveteria Oasis. Lourdinha de Chiquinho ainda hoje comenta este fato. Em outro dia que ela só tinha plantão a noite, foi ver a chegada de Caubi Peixoto ( o cantor),quando terminou as tarefas Ducilda já tinha saído com as Mirandas, não esperou por ela então  ela foi só, com pouco tempo de caminhada o carro de Laurinho Monte  passou por ela, ele juntamente com  dona Zelhinha  disseram que ela fosse com eles e que ao chegar lá juntasse a um grupo de jovens que estavam fazendo um túnel de flores para recepcionar Caubi e assim foi, quando terminou lá no Aeroporto eles vieram  deixa-la em casa, ela não foi para a festa pois tinha que se preparar para o Plantão a noite.
 Minha mãe falou que certa vez quando estava de férias, das poucas vezes que tirou férias, foi para o sertão visitar o povo dela, primeiro chegou na casa de Tia Etelvina(filha de Madrinha Paula, que criou a mãe dela),de lá ela foi para a casa de padrinho Raimundo, quando chegou lá era um tempo de seca tão grande, ela via os pobres dos homens, pais de família. trabalhando tão magros, mas Padrinho Raimundo dizia que eles eram felizes que tinham arrumado trabalhos, Padrinho Raimundo era encarregado do Pagamento, muitos estavam devendo tanto que o que levavam não dava pra nada, mãe com aquele coração dela, repartiu pediu a padrinho Raimundo para ele distribuir o dinheiro que ela trazia com eles e veio para casa só com o dinheiro da passagem.
 Hoje minha mãe comenta: “ quando vejo rio Mossoró deste jeito, lamento muito, pois me lembro da beleza que ele era, a casa de tio Mundinho ficava próximo ao rio, íamos tomar banho, sentindo o cheiro do rio e das verduras que os verdureiros plantavam as margens do mesmo.
 Apesar do muito trabalho e ritmo acelerado ela diz  que era feliz, pois tinha muita saúde”.
 Certo dia  ela conheceu   Edson o homem que viria ser meu marido, ele veio morar na nossa rua. Ela casou já não era tão jovem, mas podia ter esperado mais, só se casou porque queria ter meus filhos, queria que eles tivessem pai pois jamais ela quis ser mãe solteira, pois uma coisa que ela sempre preservou foi a integridade.

Tia Cecilia morreu em 1966 mais especificamente em 30 de dezembro de 1966, um dia de sexta feira,  e vovô Pedro Nunes ,mais tarde, mas até o último instante da vida deles eu nunca os deixei, para isso morava enfrente e a toda hora que eles precisavam estava lá, enquanto eles existiram eu deixei uma caderneta para eles comprarem o que precisasse. Taninha já havia morrido e Zé Nunes também.

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